CULTIVAR 1 - Volatilidade dos Mercados Agrícolas

40 bustíveis.Aprocuradematérias-primas alimentares para a produção de biocombustíveis conduziram a uma subida do Food Price IndexDurante os seisme- ses seguintes, no entanto, a produção de biocom- bustíveis continua a aumentar, enquanto os preços descem, infirmando a conclusão anterior. A produ- ção de biocombustíveis desacelera em 2010-2011, enquanto surge um outro pico de preços, mais uma vez, não confirmando a conclusão inicial. Os preços das commodities primárias globais agrícolas (a partir das quais os biocombustíveis 1G – de primeira geração – são produzidos) não estão diretamente correlacionados comos preços dos ali- mentos e, em caso algum, são os biocombustíveis o maior mercado para produtos agrícolas negoci- ados globalmente. No caso das matérias-primas ricas em amido o mercado é determinado essenci- almente (1) pela indústria dos alimentos compostos para animais (rações), (2) o consumo humano e (3) o seu uso para biocombustível. Cada uma destas úl- timas utilizações representammenos de 5% da uti- lização dominante. Nas matérias-primas ricas em açúcar o mercado é impulsionado pela indústria do açúcar, propriamente dita, os biocombustíveis são o segundo maior driver , embora na maioria dos ca- sos ao nível nacional. Para as sementes de oleagi- nosas, o comércio global é impulsionado, principal e novamente, pela indústria das rações, em segun- do lugar pelomercado da alimentação humana e só em terceiro lugar pela procura comomatéria-prima para biodiesel. Os subprodutos ricos em proteína, resultado tanto da produção de etanol como de bi- odiesel constituem importantes fontes proteicas para a indústria de alimentos compostos com im- pacto, não despiciente, nos mercados das rações. As políticas de biocombustíveis ao criarem uma procura bastante previsível, dentro de uma certa banda de preços 26 , podem mesmo contribui para reduzir essa volatilidade dos preços. Os preços das commodities agrícolas estão for- temente ligados ao preço da energia, comprincipal destaque para o preço do petróleo, seguem-se ou- tras variáveis tais como, níveis de produção versus procura, variação de stocks e taxas de câmbio. Com poucas exceções, as taxas de juros e o crescimento do rendimento disponível pelos consumidores, têm uma influência reduzida. No período recente, com um pico de preços em 2012, o petróleo teve uma importância ainda mais marcante, considerando o aumento muito elevado do barril de petróleo. Os dados dos últimos meses confirmam esta análise (cf. Figura 9) contribuindo, entre outras variáveis, para uma queda mais acentuada dos preços. Figura 9 – FAO Food Price Index em valor nominal e real. Fonte: http://www.fao.org/worldfoodsituation/foodpricesindex/en/ 26 Inelasticidade preço da procura

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