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Dinâmicas da utilização do solo pela agricultura 79 Este ajustamento estrutural está ligado à estrutura fundiária das explorações. O desaparecimento expressivo de explorações, que se dá essencial- mente nas de pequena dimensão, arrastou consigo as outras variáveis. Na Figura 9, mostra-se essa evolução desigual con- soante a dimensão das explorações. Verifica-se assim uma diminuição expressiva do número de explora- ções agrícolas de pequenas dimensões (quebra de 57%), das médias (34%), enquanto as explorações de maior dimensão registaram um aumento de 34%. A evolução do número de UTA por hectare de SAU evidencia também que esta restruturação integra um processo de modernização e/ou extensificação. Por cada hectare de SAU utiliza-se muito menos mão-de-obra, sinal de uma agri- cultura mais extensiva em certos casos e mais moderna/mecani- zada noutros. Convirá recordar que a análise de um conjunto de variáveis da agricultura de 1990 mostrava uma evidente debilidade estrutural de um conjunto alargado de explorações que, aliada à dificuldade dos produtores em se organizarem para concentrarem a oferta, para além de dificultar a capacidade de gerar rendimentos aceitáveis, tornava os processos de sucessão e continuidade da explora- ção muito complicados. Note-se ainda que, em 1989, os produtores tinham uma média de idades que variava entre os 55 e os 60 anos, em que apenas 4% detinham o ensino secun- dário ou superior (3,0% na BL e 2,9% no EDM) e com hábitos de gestão igualmente muito pouco desen- volvidos. Mais de 94%das explorações não detinham Figura 9 − Evolução do número de explorações agrícolas no Continente por classe de SAU (Índice100=1989) Fonte : RA1989, 1999, 2009 e 2019 e IEEA intermédios 9 assim uma diminuição expressiva do número de explorações agrícolas de pequenas dimensões (quebra de 57%), das médias (34%), enquanto as explorações de maior dimensão registaram um aumento de 34%. Figura 9 − Evolução do número de explorações agrícolas no Continente por classe de SAU (Índice100=1989) Fonte: RA1989, 1999, 2009 e 2019 e IEEA intermédios Figura 9 − Evolução do número de explorações agrícolas no Continente por classe de SAU (Índice100=1989) < 5 ha; 43 5 a 50 ha; 66 >=50 ha; 134 Continente; 48 0 20 40 60 80 100 120 140 160 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 IND100 = 1989 ANOS < 5 ha 5 a 50 ha >=50 ha Continente Figura 10 − Evolução de UTA por hectare de SAU 1989-2019) Fonte : RA1989, 1999, 2009 e 2019 e IEEA intermédios A evolução do número de UTA por hectare de SAU evidencia também que esta restruturação integra um processo de modernização e/ou extensificação. Por cada hectare de SAU utiliza-se muito menos mão-de-obra, sinal de uma agricultura mais extensiva em certos casos e mais moderna/mecanizada noutros. Figura 10 − Evolução de UTA por hectare de SAU 1989-2019 Fonte: RA1989, 1999, 2009 e 2019 e IEEA intermédios Convirá recordar que a análise de um conjunto de variáveis da agricultura de 1990 mostrava uma evidente debilidade estrutural de um conjunto alargado de explorações que, aliada à dificuldade dos < 5 ha; 43 5 a 50 ha; 66 >=50 ha; 134 Continente; 48 0 20 40 60 80 100 120 140 160 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 IND100 = 1989 ANOS < 5 ha 5 a 50 ha >=50 ha Continente
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