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Estratégia do Prado ao Prato – A conversão da RICA em RISA 87 • Simplificar os sistemas e as práticas existentes de recolha de dados, inovando com práticas modernas; • Melhorar o desempenho das práticas agrícolas, tornando as explorações mais sustentáveis; • Acelerar o uso de novas tecnologias na agricul- tura, assim como para a recolha de informação (simplificando e reduzindo o tempo despen- dido na recolha de dados, por exemplo). Nesse documento, são também identificadas as ne- cessidades para se conseguir atingir estes objetivos: • Simplificar a recolha de dados e reduzir a carga administrativa ao interligar a RICA com outras ferramentas de gestão de dados já existentes, como sistemas integrados de administração e controlo, fontes estatísticas nacionais, bem como utilizar novas tecnologias (por exemplo: dados geoespaciais gerados através do Pro- grama Espacial Europeu); • Adicionar variáveis-chave relativamente às questões ambientais e sociais, verificar e reava- liar as variáveis económicas já existentes; • Fornecer os dados da exploração agrícola para consultoria agrícola, benchmarking , verificação, pesquisa e inovação, permitindo serviços de consultoria personalizados; • Tornar mais aliciante a participação na RISA. Existemagricultores que achariambenéfico par- tilhar os seus dados agrícolas em troca de uma avaliação de desempenho ao nível da sustenta- bilidade; • Basear cada vez mais as políticas agrícolas em factos, reduzindo assim o custo associado a avaliações e monitorizações, pela utilização de um sistema RISA, centralmente localizado, com uma estrutura que cubra as três dimensões (económica, social e ambiental) que descrevem o contexto das explorações agrícolas. A Comissão Europeia criou grupos de trabalho in- ternos no âmbito da RICA, está a realizar consultas a todos os intervenientes, e irá promover seminários, reuniões e conferências para uma ampla divulgação e integral esclarecimento desta proposta. Neste momento, já existem alguns estudos onde foram avaliadas novas variáveis a ter em conta na RISA. De entre elas, pode-se realçar variáveis relacio- nadas com emissões de gases com efeito de estufa, diversidade de culturas, uso eficiente de nutrientes, informações detalhadas sobre pesticidas, inovação, sucessão, compromisso social, horas de trabalho semanal, satisfação laboral, férias, contactos de as- sistência técnica, entre outras. Houve, da parte da DG AGRI, a intenção inicial de este processo de transformação se efetivar já no exercício de 2023. No entanto, tendo em conta experiências do passado, e uma vez que esta alteração implica o acordo dos Estados-Membros e a subsequente alte- ração dos regulamentos associados, existem já po- sições que indicam que esse prazo dificilmente será atingido. Com esta iniciativa, a Comissão Europeia pretende, em suma, alargar o âmbito da atual rede de reco- lha de dados sobre as explorações agrícolas da UE e permitir aferir o desempenho das mesmas, sendo possível fornecer aconselhamento e orientação personalizados aos agricultores e criando assim condições para que as suas explorações sejam mais sustentáveis e rentáveis economicamente. Pretende ainda tornar os sistemas agroalimentaresmais justos e saudáveis, emais benéficos para o ambiente e a so- ciedade, em consonância com os objetivos da PAC e do Pacto Ecológico Europeu.

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