Cultivar_28

Perceções e interpretações na evolução das estruturas agrárias nacionais 21 a agricultura (produção alimentar e ecologia) e, em simultâneo, a necessidade de uma maior complementaridade com outras políticas tendo em conta a expansão de novas áreas com insuficiências de investimento (infraestruturas- -conectividade e regadio; desenvolvimento local; floresta). Um debate que teve alguma relevância no espaço da UE referiu-se ao conceito de agricultor ativo. Em Portugal, a necessidade de uma abrangência na presença da agricultura no território, mesmo naqueles com maiores constrangimentos naturais, levou à adoção de uma abordagem flexível, mas progressivamente atenta-se na preocupação com a gestão ativa. Este debate não se faz, naturalmente, sem olhar para uma maior territorialização de alguns instrumentos de política e, a prazo, tem que ser iniciado com base nos dados que nos permitem entender as evoluções da nossa agricultura. A cada reforma da PAC, ou quando são publicados dados estatísticos muito completos do diagnóstico da nossa agricultura, como foi o caso do RA2019, reinicia-se um debate sobre o futuro da agricultura em Portugal. É neste quadro, que se quer informado, que a presente reflexão pretende incentivar um debate alargado e atempado para melhorar, a prazo e com a previsibilidade necessária, a atuação sobre uma atividade produtiva que tem cada vez mais interesses diversificados e permitir assim um contrato de confiança claro entre a sociedade portuguesa e os agricultores. Pretendemos, assim, evidenciar a importância de uma maior focagem na atribuição de recursos (financeiros e naturais) escassos a explorações que melhor respondam aos objetivos prioritários para a agricultura (produção alimentar e ecologia) e, em simultâneo, a necessidade de uma maior complementaridade com outras políticas…

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