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33 Os grandes desafios da produção: aumentar a área de regadio, concentrar a oferta e equilibrar sustentabilidade ambiental, social e económica GONÇALO SANTOS ANDRADE Presidente da Portugal Fresh A análise aos principais números do Recenseamento Agrícola de 2019, divulgados pelo INE em 2021, juntamente com a análise efetuada pela Direção de Serviços de Estatística do GPP, demonstram que é urgente Portugal aumentar a área de regadio. A superfície irrigável, onde conseguimos desenvolver uma agricultura mais competitiva e virada para o mercado global, representa apenas 16% da Superfície Agrícola Utilizada e as alterações climáticas dificultam, cada vez mais, as culturas tradicionais de sequeiro. Mesmo na área de regadio, é urgente a modernização e revitalização dos perímetros de rega, muitos deles com mais de 50 anos e com perdas na distribuição inadmissíveis para os dias de hoje. Só com a devida requalificação, será possível aproveitarmos o acesso aos recursos hídricos. O setor das frutas, legumes, plantas ornamentais e flores (FLF) tem um enorme potencial de crescimento mas, sem acesso a água, não conseguirá manter a competitividade. A dimensão média das explorações, embora tenha duplicado nos últimos 30 anos, ainda é baixa (13,7 hectares), e este dado reforça a necessidade de os produtores estarem organizados e criarem uma verdadeira escala de oferta. Desde a criação da Organização Comum de Mercado (OCM) para as frutas e legumes em 1997 – uma política muito inovadora e de extrema importância para o setor –, os produtores foram incentivados a associarem-se em Organizações de Produtores (OP) para reforçar a orientação para o mercado e a competitividade do setor, criar dimensão para maximizar valor, adaptar a produção às expectativas e exigências dos consumidores (cada vez …é urgente Portugal aumentar a área de regadio. A superfície irrigável, onde conseguimos desenvolver uma agricultura mais competitiva e virada para o mercado global, representa apenas 16% da Superfície Agrícola Utilizada … A dimensão média das explorações, embora tenha duplicado nos últimos 30 anos, ainda é baixa (13,7 hectares), e este dado reforça a necessidade de os produtores estarem organizados e criarem uma verdadeira escala de oferta.

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