68 CADERNOS DE ANÁLISE E PROSPETIVA CULTIVAR N.º 28 JUNHO 2023 – Estruturas agrárias 7. Superfície regada e irrigável Num quadro previsível de menores disponibilidades hídricas e maior variabilidade, o recurso ao regadio assume uma importância decisiva para reduzir a vulnerabilidade de alguns sistemas de produção, pois através do armazenamento da água promove-se a regularização dessa disponibilidade para as culturas ao longo do ano. A superfície regada foi em 2019 de 566 mil hectares, que correspondem a 14,3% da SAU (no Continente, representa apenas 6,3% do território, mas é responsável por uma parte substancial do abastecimento alimentar), registando um aumento de 20,7% face a 2009, o que contraria a tendência de 2009 relativamente aos recenseamentos anteriores. Também a proporção de superfície irrigável que é efetivamente regada aumentou no mesmo período, o que demonstra o aproveitamento crescente das infraestruturas de rega existentes. Em 2019, foi efetivamente regada 89,8% da área equipada para tal, destacando- -se o olival, nas culturas permanentes, e os cereais para grão, nas culturas temporárias que representam 41% do total da área regada. O Alentejo é a região com maior extensão e proporção de área regada, sendo que 68% dizem respeito a culturas permanentes e, juntamente com o Ribatejo Figura 11 – Proporção da superfície regada (%) na superfície irrigável em 2019 7 – Superfície regada e irrigável Num quadro previsível de menores disponibilidades hídricas e maior variabilidade, regadio assume uma importância decisiva para reduzir a vulnerabilidade de alguns produção, pois através do armazenamento da água promove-se a regularização dessa d para as culturas ao longo do ano. A superfície regada foi em 2019 de 566 mil hectares, que correspondem a 14,3% Continente, representa apenas 6,3% do território, mas é responsável por uma parte s abastecimento alimentar), registando um aumento de 20,7% face a 2009, o que contrar de 2009 relativamente aos recenseamentos anteriores. Também a proporção de supe que é efetivamente regada aumentou no mesmo período, o que demonstra o ap crescente das infraestruturas de rega existentes. Em 2019, foi efetivamente regada 8 equipada para tal, destacando-se o olival, nas culturas permanentes, e os cereais p culturas temporárias que representam 41% do total da área regada. Figura 11 – Proporção da superfície regada (%) na superfície irrigável em 2019 O Alentejo é a região com maior extensão e proporção de área regada, sendo que 68% d a culturas permanentes e, juntamente com o Ribatejo e Oeste, representam cerca de 60 superfície regada. O Alentejo foi ainda a região com maior variação comparativamente Quadro 12 – Sob coberto de matas e florestas na superfície territorial das explorações agrícolas, com e sem SAU, por região agrária em 2019 Regiões agrárias Superfície das explorações Floresta nas explorações agrícolas Total Com SAU sob-coberto de matas e florestas Sem SAU sob-coberto de matas e florestas (ha) (%) (ha) (%) (ha) (%) (ha) (%) Portugal 5 121 412 100,0 1 803 882 100,0 837 805 100,0 966 077 100,0 Continente 4 987 657 97,4 1 797 845 99,7 837 805 100,0 960 040 99,4 Entre Douro e Minho 339 921 6,6 116 282 6,4 12 164 1,5 104 118 10,8 Trás-os-Montes 677 888 13,2 200 564 11,1 1 533 0,2 199 031 20,6 Beira Litoral 226 117 4,4 84 968 4,7 485 0,1 84 483 8,7 Beira Interior 585 281 11,4 206 098 11,4 36 647 4,4 169 451 17,5 Ribatejo e Oeste 559 369 10,9 206 797 11,5 77 289 9,2 129 508 13,4 Alentejo 2 399 558 46,9 909 229 50,4 705 801 84,2 203 428 21,1 Algarve 199 523 3,9 73 908 4,1 3 886 0,5 70 022 7,2 RA Açores 127 076 2,5 5 056 0,3 5 056 0,5 RA Madeira 6 679 0,1 981 0,1 0,0 981 0,1
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