72 CADERNOS DE ANÁLISE E PROSPETIVA CULTIVAR N.º 28 JUNHO 2023 – Estruturas agrárias (72%). No Alentejo (65%) e Algarve (87%), essa concentração dá-se sobretudo nas culturas permanentes. A diminuição da superfície irrigável em termos globais resulta de uma redução acentuada nas regiões marcadas pelas explorações familiares de pequena dimensão, onde predominavam regadios tradicionais. No entanto, essa quebra é atenuada pelo aumento de superfície irrigável no Alentejo, decorrente, em larga escala, da entrada em funcionamento do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva. A concretização deste projeto permitiu o aparecimento de novos regadios modernos e estruturados. Efetivamente, a coexistência de alguma dimensão fundiária e acesso à terra, de capacidade empresarial e financeira, e de disponibilidade de água para irrigação levou ao aparecimento de explorações com elevado potencial produtivo, com sistemas de produção modernos e tecnologicamente diferenciados, onde o regadio é mais eficaz. A análise de um período mais recente, 2009 a 2019, mostra uma inversão da tendência de mais longo Gráfico 37 – Proporção da superfície irrigável na superfície agrícola utilizada (%) Quadro 16 – Superfície irrigável, peso na SAU e variação 1989-2019 por região agrária A análise de um período mais recente, 2009 a 2019, mostra uma inversão da tendência de mais longo prazo. A superfície irrigável apresenta um aumento (16,6%), mas as variações dos vários tipos de superfície irrigável continuam a mostrar o mesmo padrão, ou seja, uma diminuição nas regiões marcadas pelas explorações familiares de pequena dimensão, e principalmente na terra arável, e um aumento considerável no Alentejo, associado a culturas permanentes. Esta tendência é também verificada na proporção de superfície irrigável na SAU, que passou de 14,7% em 2009 para 15,9% em 2019 (Figura 12). Gráfico 37 – Proporção da superfície irrigável na superfície agrícola utilizada (%) Gráfico 38 – Evolução em índice 100 = 1989 da superfície irrigável em Portugal no período 1989-2019 (ha) (%) (%) (%) Portugal 630 517 100,0 15,9 -28,2 Continente 626 820 99,4 16,3 -28,1 Entre Douro e Minho 91 281 14,5 42,9 -59,5 Trás-os-Montes 42 658 6,8 9,5 -57,3 Beira Litoral 55 615 8,8 42,8 -61,3 Beira Interior 55 897 8,9 14,3 -50,4 Ribatejo e Oeste 126 084 20,0 30,8 -11,6 Alentejo 232 627 36,9 10,8 106,3 Algarve 22 658 3,6 22,5 -33,8 RA Açores RA Madeira 3 697 0,6 80,3 -39,4 Fonte: GPP, a partir de RA 1989 e 2019, INE Regiões agrárias Superfície irrigável Peso na SAU Variação 1989-2019 Gráfico 38 – Evolução em índice 100 = 1989 da superfície irrigável em Portugal no período 1989-2019 Quadro 16 – Superfície irrigável, peso na SAU e variação 1989-2019 por região agrária A análise de um período mais recente, 2009 a 2019, mostra uma inversão da tendência de mais longo prazo. A superfície irrigável apresenta um aumento (16,6%), mas as variações dos vários tipos de superfície irrigável continuam a mostrar o mesmo padrão, ou seja, uma diminuição nas regiões marcadas pelas explorações familiares de pequena dimensão, e principalmente na terra arável, e um aumento considerável no Alentejo, associado a culturas permanentes. Esta tendência é também verificada na proporção de superfície irrigável na SAU, que passou de 14,7% em 2009 para 15,9% em 2019 (Figura 12). Gráfico 37 – Proporção da superfície irrigável na superfície agrícola utilizada (%) Gráfico 38 – Evolução em índice 100 = 1989 da superfície irrigável em Portugal no período 1989-2019 (ha) (%) (%) (%) Portugal 630 517 100,0 15,9 -28,2 Continente 626 820 99,4 16,3 -28,1 Entre Douro e Minho 91 281 14,5 42,9 -59,5 Trás-os-Montes 42 658 6,8 9,5 -57,3 Beira Litoral 55 615 8,8 42,8 -61,3 Beira Interior 55 897 8,9 14,3 -50,4 Ribatejo e Oeste 126 084 20,0 30,8 -11,6 Alentejo 232 627 36,9 10,8 106,3 Algarve 22 658 3,6 22,5 -33,8 RA Açores RA Madeira 3 697 0,6 80,3 -39,4 Fonte: GPP, a partir de RA 1989 e 2019, INE Regiões agrárias Superfície irrigável Peso na SAU Variação 1989-2019 Quadro 16 – Superfície irrigável, peso na SAU e variação 1989-2019 por região agrária Regiões agrárias Superfície irrigável Peso na SAU Variação 1989-2019 (ha) (%) (%) (%) Portugal 630 517 100,0 15,9 -28,2 Continente 626 820 99,4 16,3 -28,1 Entre Douro e Minho 91 281 14,5 42,9 -59,5 Trás-os-Montes 42 658 6,8 9,5 -57,3 Beira Litoral 55 615 8,8 42,8 -61,3 Beira Interior 55 897 8,9 14,3 -50,4 Ribatejo e Oeste 126 084 20,0 30,8 -11,6 Alentejo 232 627 36,9 10,8 106,3 Algarve 22 658 3,6 22,5 -33,8 RA Açores RA Madeira 3 697 0,6 80,3 -39,4 prazo. A superfície irrigável apresenta um aumento (16,6%), mas as variações dos vários tipos de superfície irrigável continuam a mostrar o mesmo padrão, ou seja, uma diminuição nas regiões marcadas pelas explorações familiares de pequena dimensão, e principalmente na terra arável, e um aumento considerável no Alentejo, associado a culturas permanentes. Esta tendência é também verificada na proporção de superfície irrigável na SAU, que passou de 14,7% em 2009 para 15,9% em 2019 (Figura 12).
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