Cultivar_28

76 CADERNOS DE ANÁLISE E PROSPETIVA CULTIVAR N.º 28 JUNHO 2023 – Estruturas agrárias etária registada em 2019, em que se verificou um aumento do peso dos grupos etários acima dos 35 anos no total da mão-de-obra agrícola assalariada. O volume de trabalho da mão-de-obra teve um decréscimo de -63% no período entre 1989 e 2019, passando de 850 mil UTA para 315 mil, quebra que foi mais acentuada na mão-de-obra agrícola familiar, com -70,3%, do que na não familiar, que registou -22,2%. A região do Alentejo foi a que teve menor descida (-30%), tendo inclusivamente conhecido uma subida de 3% no volume da mão-de-obra não familiar (o Algarve registou um acréscimo de 45%). Relativamente ao produtor agrícola e comparativamente com 1989, o Recenseamento de 2019 apresenta menos 319,3 mil produtores singulares, o que significa uma variação de -53,8%, mais acentuada nos escalões etários abaixo dos 35 anos (acima de -80%) e menos significativa no escalão de ≥ 65 anos (16%) e que foi mais marcante no Norte Atlântico, Região de Leiria e Oeste. Assim, o RA contabiliza 274 248 produtores singulares, que representam 94,5% do total, dos quais se destacam as seguintes características, detalhadas mais à frente: • Mais de 67% são Homens; • A idade média do produtor singular é 64 anos, destacando-se o grupo etário ≥ 65 anos, que representa cerca de 53% do total; • O nível escolar e a formação profissional são baixos; • Cerca de 97% pensa manter a atividade agrícola e as principais razões de continuidade são o valor afetivo (49%) e o complemento ao rendimento (35%); • A origem da fonte de rendimento do agregado doméstico de cerca de 85% dos produtores é exterior à exploração agrícola; Gráfico 45 – Volume de trabalho da mão-de-obra agrícola no período 1989-2019 (UTA) e respetiva importância do tipo de mão-de-obra em 1989 e 2019 (%) menor descida (-30%), tendo inclusivamente conhecido uma subida de 3% no volume da mão-de-obra não familiar (o Algarve registou um acréscimo de 45%). Gráfico 45 – Volume de trabalho da mão-de-obra agrícola no período 1989-2019 (UTA) e respetiva importância do tipo de mão-de-obra em 1989 e 2019 (%) Relativamente ao produtor agrícola e comparativamente com 1989, o Recenseamento de 2019 apresenta menos 319,3 mil produtores singulares, o que significa uma variação de -53,8%, mais acentuada nos escalões etários abaixo dos 35 anos (acima de -80%) e menos significativa no escalão Gráfico 44 – Estrutura etária da mão-de-obra agrícola assalariada em 1989 e 2019 (%) 43 45 anos, a variação, embora negativa, foi inferior à total e apenas foi positiva (4,0%) na faixa 35nos. Esta variação negativa acentuada nas classes mais jovens teve reflexos na estrutura etária stada em 2019, em que se verificou um aumento do peso dos grupos etários acima dos 35 anos no l da mão-de-obra agrícola assalariada. co 44 – Estrutura etária da mão-de-obra agrícola assalariada em 1989 e 2019 (%) olume de trabalho da mão-de-obra teve um decréscimo de -63% no período entre 1989 e 2019, ando de 850 mil UTA para 315 mil, quebra que foi mais acentuada na mão-de-obra agrícola liar, com -70,3%, do que na não familiar, que registou -22,2%. A região do Alentejo foi a que teve

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