Cultivar_28

80 CADERNOS DE ANÁLISE E PROSPETIVA CULTIVAR N.º 28 JUNHO 2023 – Estruturas agrárias Verificou-se uma ligeira redução do peso dos produtores agrícolas singulares que não recebem qualquer tipo de ajuda/subsídio ao rendimento da exploração agrícola, bem como no de produtores que receberam ajudas/subsídios numa percentagem <50% ao rendimento total da exploração. Por sua vez verifica-se um aumento do peso de produtores singulares que recebem ajudas/subsídios ≥ a 50% do rendimento da exploração agrícola. a redução das dificuldades das famílias em situações de crise. Diretamente relacionado com a pluriatividade, verifica-se o correspondente plurirrendimento que provém, quer das outras atividades remuneradas ou de remessas de emigrantes, quer de reformas e outros rendimentos sociais. A dependência externa à exploração é evidente quando se considera a origem do rendimento do agregado doméstico do produtor singular. O RA 2019 refere que a principal fonte de rendimento do agregado doméstico tem origem exterior à exploração para 85% dos produtores agrícolas e apenas 5% vive exclusivamente da atividade da exploração. Comparativamente com 1989, verifica-se uma alteração significativa na estrutura da fonte de rendimento do agregado doméstico, uma vez que cerca de 39% dos produtores tinham na atividade da exploração a sua fonte de rendimento contra apenas 15,4% em 2019, num total de 42,3 mil pessoas. O rendimento proveniente da exploração agrícola resulta, em 2019, essencialmente de atividade agropecuária (92%), sendo em apenas 7% resultante de atividade florestal. O Recenseamento de 2019 identifica 121,5 mil produtores com o rendimento principal proveniente de pensões e reformas, o que corresponde a mais de 44% do total de produtores singulares e a cerca de 52% do total de explorações cujo rendimento é principalmente de origem exterior à exploração. Gráfico 55 – Fonte de rendimento do agregado doméstico (%) – 1989-2019 50 agropecuária (92%), sendo em apenas 7% resultante de atividade florestal. O Recenseamento de 2019 identifica 121,5 mil produtores com o rendimento principal proveniente de pensões e reformas, o que corresponde a mais de 44% do total de produtores singulares e a cerca de 52% do total de explorações cujo rendimento é principalmente de origem exterior à exploração. Gráfico 55 – Fonte de rendimento do agregado doméstico (%) – 1989-2019 Verificou-se uma ligeira redução do peso dos produtores agrícolas singulares que não recebem qualquer tipo de ajuda/subsídio ao rendimento da exploração agrícola, bem como no de produtores que receberam ajudas/subsídios numa percentagem <50% ao rendimento total da exploração. Por sua vez verifica-se um aumento do peso de produtores singulares que recebem ajudas/subsídios ≥ a 50% do rendimento da exploração agrícola. Gráfico 56 – Importância dos subsídios, ajudas ao rendimento (%) – 2009 e 2019 Gráfico 56 – Importância dos subsídios, ajudas ao rendimento (%) – 2009 e 2019 10 – Valor da Produção Padrão Total (VPPT) O Valor da Produção Padrão Total5 em 2019 em Portugal foi de 6,76 mil milhões de euros, o que significou um aumento de 46% comparativamente ao valor de 1999, com um valor médio de 23,3 mil euros por exploração, 1,7 mil euros por hectare de SAU e 21,5 mil por UTA. A região do Alentejo foi a que apresentou o valor mais elevado, com cerca de 28% do total, bem como a que possui o maior valor médio por exploração (cerca de 60 mil euros), embora a sua superfície seja a menos produtiva do país, gerando apenas 869 euros por hectare de SAU. Opostamente, a RA Madeira representa apenas 1,6% do VPPT e tem o valor médio por exploração mais baixo do país (7,9 mil euros), enquanto o seu valor médio por hectare de SAU ascende aos 23,2 mil euros, o que faz desta a região com o valor mais elevado por superfície agrícola.

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