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89 Tipologia territorial de base agrícola – A estrutura das explorações agrícolas do RA 2019 LAURA FONSECA, RUI TRINDADE E RUI PEREIRA Direção de Serviços de Estatística (DSE), Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP) Grande parte do território português é ocupado por agricultura e florestas, sendo estas atividades e as suas dinâmicas de grande importância na boa gestão deste recurso. O Recenseamento Agrícola de 2019 (RA 2019) vem reforçar, uma vez mais, a ideia de que os agricultores, para além do seu papel essencial no abastecimento alimentar, são igualmente responsáveis pela gestão de uma grande parte do território. Com efeito, gerem diretamente cerca de 5,0 milhões de hectares de superfície (cerca de 56% do território), dos quais 3,8 milhões de hectares são de Superfície Agrícola Utilizada (SAU). Os dados do Recenseamento mostram também que as realidades locais, em particular os diferentes tipos de agricultura e a forma como cada um destes tipos se integra no território, são muito distintas. No diagnóstico elaborado aquando da atualização do Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT), foi estabelecida uma tipologia territorial de base agrícola que tinha como objetivo distinguir diferentes tipos de integração estrutural no território deste setor, tendo por base indicadores estruturais do Recenseamento Agrícola de 2009, Censos da população de 2011 e a Carta de Ocupação do Solo de 2015 (COS 2015). Na presente análise, procura-se atualizar esta tipologia territorial, recorrendo à informação estrutural atualizada do Recenseamento Agrícola de 2019, aos Censos da população de 2021 e à Carta de Ocupação do Solo de 2018 (COS 2018). A partir destas fontes, foi apurado, ao nível geográfico da freguesia, um conjunto de 35 indicadores organizados em três grupos temáticos consoante a sua natureza, nomeadamente indicadores económicos (13), indicadores sociais e humanos (12) e indicadores ambientais e de ocupação do território (10). Este documento apresenta a cartografia de cada um desses 35 indicadores e das tipologias resultantes das classificações das freguesias através de uma análise de clusters (K-Means Cluster Analysis) que identifica grupos relativamente homogéneos de freguesias com base nos indicadores selecionados. Neste caso, foram criadas 4 tipologias, uma para cada grupo temático com 3 territórios cada, e uma última, global, com 5 territórios relativamente homogéneos para os quais é feita uma síntese descritiva que os caracteriza.

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