Cultivar os mercados voluntários de carbono e a biodiversidade – Oportunidade para o sequeiro nacional 107 Ou por defeito ou por excesso, muita desta dimensão mineral do solo é essencial a um bom desenvolvimento das plantas e, pelo apresentado, verifica- -se que a maioria das amostras de solo recolhidas apresentam limitações à produção agrícola no que toca aos aspetos minerais do mesmo. Com raras exceções, este tipo de solos, pela fraca performance em agricultura, seria normalmente classificado em classes de aptidão D e E, ou seja, adequados apenas para floresta e conservação. Se somarmos à fraca aptidão o sequeiro e a pressão das anomalias climáticas, estamos em crer que estes tipos de solos podem facilmente passar a ser solos marginais, com tendência ao abandono e à desertificação. Outro indicador importante da vida do solo tem que ver com a sua fração orgânica e particularmente com o seu teor de matéria orgânica (MO), nomeadamente num clima exigente como é o clima mediterrâneo. Pelos resultados apresentados na Figura 4ª, podemos constatar que mais de 60% das amostras recolhidas apresentam uma percentagem de matéria orgânica inferior a 2.5%; que cerca de 30% apresentam uma percentagem de matéria orgânica entre 2.5% e 4.5%; e que menos de 10% apresentam percentagens de matéria orgânica entre 4.5 % e 6.5%. Os poucos valores encontrados perto e acima de 6.5% de matéria orgânica no solo estão associados Figura 4 – Histogramas com a distribuição da MO, do NDVI estival (taxa fotossintética do arvoredo), NDWI estival (teor de água na folha do arvoredo) e da densidade de árvores por unidade de área, para todas as herdades analisadas: a) MO, b) NDVI; c) NDWI; d) Densidade de árvores por hectare. (--- média da distribuição) a) b) c) d)
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