42 CADERNOS DE ANÁLISE E PROSPETIVA CULTIVAR N.º 31 AGOSTO 2024 – Sequeiro presença de espaços agricultados (e não regados) nestas regiões. O papel dos apoios públicos A política pública, e a Política Agrícola Comum em particular, poderá ter um papel determinante em criar condições para que estas opções de adaptação se disseminem e se tornem uma presença generalizada no território. ● Alinhando e financiando agendas de investigação que deem respostas concretas e dirigidas a estas necessidades; ●Promovendo a transferência de conhecimento, a demonstração e a experimentação por parte dos agricultores em novas práticas e/ou culturas; ●Apoiando financeiramente práticas agrícolas que promovem a adaptação, como sejam a sementeira direta, a fertilização orgânica, a aplicação de biochar, a agricultura de precisão, etc.; ● Apoiando e promovendo a diversificação de culturas, as rotações e consociações, as pastagens biodiversas e o estabelecimento ou recuperação dos sistemas agroflorestais e ripícolas; ● Criando mecanismos previsíveis de compensação ou apoios diferenciados em função das características do ano agrícola, que permitam mitigar prejuízos em anos mais difíceis; ● Criando condições que facilitem o emparcelamento e a criação de explorações com maior capacidade económica nas regiões de minifúndio. As alterações climáticas representam um desafio significativo para a agricultura de sequeiro, mas também uma oportunidade para inovação e resiliência. Com a junção da vontade política, do avanço da ciência e da dedicação dos agricultores, podemos superar os obstáculos e construir um futuro sustentável para a agricultura em Portugal. As alterações climáticas representam um desafio significativo para a agricultura de sequeiro, mas também uma oportunidade para inovação e resiliência.
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