55 O que pensam os agricultores JOSÉ PEDRO FRAGOSO DE ALMEIDA, FERNANDO CARPINTEIRO ALBINO, JOSÉ PAULO NUNES E FRANCISCO ATAÍDE PAVÃO Como vem sendo habitual quando o tema o justifica, também para esta edição se optou por inquirir diretamente alguns produtores. Colocámos as seguintes perguntas aos nossos convidados, pedindo-lhes que respondessem por escrito ou por meio de uma breve entrevista, consoante a preferência: 1. Que estratégias utiliza para garantir a continuidade da produção de sequeiro na sua exploração? 2. Faz a integração de novos conhecimentos e tecnologias ao nível dos solos, genética vegetal e animal, gestão de recursos, biodiversidade, nas decisões de gestão da sua exploração? 3. A viabilidade da exploração agrícola de sequeiro está dependente das políticas públicas (ex. apoios à produção e serviços ambientais) ou de atividades alternativas (ex. floresta, turismo)? 4. Como vê o futuro das explorações e superfície agrícola de sequeiro no nosso país num contexto de alterações climáticas? 1 Depoimento recebido por escrito. Imagens do autor 2 https://www.coutadinhadecima.pt/ 3 https://www.ipcb.pt/esacb/escola-superior-agraria José Pedro Fragoso de Almeida1, Coutadinha de Cima2 A Coutadinha de Cima é uma exploração familiar no concelho de Nisa, distrito de Portalegre, 100% em regime de sequeiro. A partir de 1999, passou a ser explorada por uma sociedade dos herdeiros. Dos sócios-gerentes, José Pedro P. Fragoso de Almeida, responde às questões. Engenheiro Zootécnico, Mestre em Produção Animal e Doutorado em Ciências Naturais pela ETH (Suíça), é Professor Coordenador da ESA/IPCB3. 1. Que estratégias utiliza para garantir a continuidade da produção de sequeiro na sua exploração? A Coutadinha de Cima explora uma área útil de 536 ha, dispersa por 29 prédios, com solos muito pobres de granito (Classes de capacidade de uso D e E), totalmente em sequeiro. O montado (carvalho
RkJQdWJsaXNoZXIy MTgxOTE4Nw==