Cultivar_31

Caracterização da agricultura de sequeiro em Portugal 69 pousio é a menos representativa na superfície de sequeiro, pouco mais de 6% com 224 mil hectares. De realçar que mais de 70% da superfície de sequeiro está dedicada a culturas para alimentação dos animais na exploração agrícola. Evolução da superfície de sequeiro A superfície de sequeiro aumentou 203 mil hectares comparativamente ao verificado no Recenseamento de 2009, o que significa um acréscimo de +6,3%. Contudo, registou-se uma diminuição do seu peso na SAU, que em 2009 era de 88% e em 2019 passou para 86,4%, uma vez que a variação da SAU entre os dois censos foi de +8,1% (mais 296 mil hectares). Entre 1989 e 2019, a superfície de prados e pastagens permanentes aumentou +145%, passando de 856 mil hectares para 2,1 milhões, sendo 98% de sequeiro. Comparativamente com o Recenseamento de 2009, registou-se uma variação de +15,1%, que corresponde a mais 269 mil hectares, dos quais 70% são no Alentejo e 22% na Beira Interior. O aumento significativo desta superfície ao longo deste período de 30 anos justifica-se pela combinação de fatores sociais, políticos, económicos e ambientais como: abandono de terras agrícolas, por êxodo rural em busca de melhores condições de vida, levando a que estas se transformassem em prados e pastagens permanentes por regeneração natural ou por intervenção humana; conversão de terras aráveis com culturas anuais de sequeiro (por exemplo, cereais) devido à pouca rentabilidade financeira e falta de mão-de-obra; implementação da Política Agrícola Fonte: INE, RA2019 Figura 3 – Proporção da superfície de sequeiro na superfície total da cultura (%), em 2019 Fonte: INE, RA2019 Figura 2 – Superfície de sequeiro por cultura (ha) e peso por cultura na superfície de sequeiro (%), em 2019 59,7

RkJQdWJsaXNoZXIy MTgxOTE4Nw==