Ano Internacional das Cooperativas 2025: modernização, sustentabilidade e inovação no setor cooperativo 77 Embora com uma dispersão geográfica abrangente, as cooperativas apoiadas estão sediadas maioritariamente nos grandes centros urbanos, destacando-se os distritos de Lisboa (21%), Porto (20%) e Braga (13%), o que corresponde à distribuição nacional do setor cooperativo por região – Figura 3. É igualmente de destacar que, apesar de a maioria das cooperativas analisadas ter em média 32 anos, foram apoiadas desde cooperativas centenárias até recém-constituídas. A Medida 2 do PAC apoia as seguintes rubricas: criação/renovação de website; software standard ou específico; conceção e registo – criação de novas marcas ou coleções; equipamentos informáticos; e estudos, diagnósticos, auditorias e planos de marketing e de comunicação. Relativamente aos investimentos realizados pelas cooperativas nestas áreas, verifica-se que 490 000 € foram para equipamentos informáticos, representando cerca de 52% do investimento total realizado. A rubrica criação e renovação de website teve um investimento de 222 000 €, ou seja, cerca de 24% do investimento, sendo que, numa escala igualmente relevante, encontra-se a rubrica software, com cerca de 146 000 € (16%) de investimento. Constata-se assim que a Medida 2 do PAC abrangeu cooperativas de todo o espetro nacional, ou seja, em quase todos os ramos de atividade (exceção para o Crédito e Consumidores), distritos, dimensão e níveis de antiguidade, o que demonstra que esta medida, apesar dos montantes em causa não serem particularmente avultados – até 4 000 € por candidatura – é, não obstante, útil e procurada por todo o setor cooperativo, de forma transversal. O PAC enquadra-se na resposta aos reptos da ONU, que no ponto 12 da resolução suprarreferida “Convida os governos, em colaboração com o movimento cooperativo, a desenvolverem programas destinados a melhorar o reforço das capacidades das cooperativas (…) e a introduzir e apoiar programas destinados a melhorar o acesso das cooperativas às novas tecnologias”. Acresce que, em 2025, no âmbito do Ano Internacional das Cooperativas, o PAC terá um reforço da sua dotação orçamental e será criada uma nova modalidade destinada à promoção e divulgação da atividade de cada cooperativa. O programa do AIC2025 prevê ainda outras atividades tendentes à modernização do setor, como a criação de um website para divulgação de exemplos inovadores e boas práticas ou conferências sobre temas contemporâneos relevantes para o cooperativismo. O presente número da revista Cultivar “pretende a nalisar de que forma o setor cooperativo procura repensar o seu próprio modelo, tendo em conta a modernização de todo o tecido económico, e em particular da agricultura, e a compatibilização entre os princípios do cooperativismo e a resposta a um mercado crescentemente aberto e global.” Um mercado cada vez mais aberto e global traz crescentes exigências digitais e de modernização, incentivando a procura por parte das cooperativas, com destaque para as agrícolas, pela integração de soluções deste tipo, como a análise acima assinala. 8 7 6 2 7 41 2 42 12 9 8 6 3 3 25 3 12 Viseu Vila Real Viana do Castelo Setúbal Santarém Porto Portalegre Lisboa Leiria Faro Évora Coimbra Castelo Branco Bragança Braga Beja Aveiro 1ª e 2ª Edição Figura 3 – Distribuição das candidaturas apoiadas na Medida 2, por Distrito
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