A produção organizada e o setor cooperativo 95 cífico para o setor das frutas e produtos hortícolas tem sido apontada como o principal fator para este ser o setor com maior número de organizações de produtores em Portugal. Por outro lado, o reconhecimento pode conduzir a outro tipo de benefícios, como já aconteceu em Quadros Comunitários de Apoio anteriores, em que os produtores membros de OP beneficiaram de uma majoração dos apoios ao nível do investimento e de outras ajudas diretas. Atualmente, no PEPAC, existem apoios específicos para a constituição de organizações de produtores (no Continente, a C.4.3.1 – Criação de agrupamentos e organizações de produtores e, na R.A. dos Açores, a E.9.1 – Criação de agrupamentos e organizações de produtores). Em 2022, as cooperativas agrícolas representavam cerca de metade das Organizações de Produtores reconhecidas em Portugal, sendo a sua representatividade mais expressiva na Região Autónoma dos Açores, onde todas as OP são cooperativas, e nas regiões Centro e Norte. Nesse ano, as cooperativas reconhecidas como OP foram responsáveis por gerar 53% do Valor da Produção Comercializada globalmente por estas estruturas, agregando quase 84% do número total de produtores membros de OP. Apesar da representatividade significativa das cooperativas na produção organizada, o grau de organização da produção nacional ainda é muito reduzido, nomeadamente, em setores em que as cooperativas têm uma expressão significativa como é o caso do azeite, das frutas e produtos hortícolas e do vinho. Contudo, apesar de o número de OP ter vindo a diminuir nos últimos anos, o Valor da Produção Comercializada tem crescido de forma consistente, com exceção dos setores com menor expressão na produção organizada (agregados em “Outros setores”), acompanhada de uma tendência de crescimento da dimensão das Organizações de Produtores nacionais.
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