Cultivar_4_Tecnologia
cadernos de análise e prospetiva CULTIVAR N.º 4 JUNHO 2016 52 Estratégia do Ministério da Agricultura 11 e Prioridades para a Inovação da Progra- mação do Desenvolvimento Rural A estratégia do Ministério para o período 2014- 2020, identifica como principais constrangimentos do sistema nacional de inovação: a sua fragmen- tação e débil inserção em redes internacionais, a ainda frágil articulação entre o sistema científico e tecnológico e o tecido produtivo e a insuficiente valorização económica do potencial científico e tec- nológico existente. Em matéria de política de Inovação a Estratégia Nacional definiu os seguintes eixos onde se indi- cam as linhas orientadoras para o reforço das capa- cidades científica e tecnológica: • Garantir a autossuficiência em valor no setor agroalimentar em 2020; • Reforçar a vertente científica que comprova a ori- gem, qualidade, singularidade, tradição e auten- ticidade dos produtos endógenos portugueses; • Apostar na investigação aplicada em áreas espe- cíficas de I&DT+I; • Promover a articulação das fileiras (agroalimen- tar e florestal vs inovação vs economia), numa estratégia nacional; • Apoiar a produção sustentável, o uso eficiente dos recursos, e políticas de mitigação e adapta- ção às alterações climáticas: Considera que os Fundos Europeus constituem uma oportunidade para a dinamização e desen- volvimento dos setores agroalimentar e flores- tal nacional, objetivo primeiro desta Estratégia, nomeadamente os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI). 11 Estratégia do Ministério da Agricultura e do Mar para a Investigação e Inovação Agroalimentar e Florestal no período 2014 · 2020, agosto de 2014 A intervenção destes Fundos e, em especial, o FEDER e o FSE devem ter uma aplicação vocacio- nada para potenciar uma estratégia abrangente de inovação, com vista a estimular o desenvolvimento de uma economia competitiva e de alto valor acres- centado. A intervenção do FEADER, enquanto fundo FEEI, implementada através dos programas de Desen- volvimento Rural (PDR), está orientada para a satis- fação de três objetivos estratégicos e dois objetivos transversais (OT): • Crescimento do valor acrescentado do setor agroflorestal e rentabilidade económica da agri- cultura, • Promoção de uma gestão eficiente e proteção dos recursos, • Criação de condições para a dinamização econó- mica e social do espaço rural, • Aumento da capacidade de inovação, de gera- ção e transferência de conhecimento para o setor agroflorestal (OT), • Melhoria do nível de capacitação e de aconse- lhamento dos produtores agrícolas e florestais, nomeadamente na gestão e utilização eficiente dos recursos (OT), respondendo, em articula- ção com os restantes fundos FEEI, outras políti- cas da PAC e de apoio à investigação e inovação, nomeadamente no âmbito do Horizonte 2020, a um conjunto de necessidades identificadas pelo setor agroalimentar e florestal. Tendo em conta este quadro sinérgico de atuação, bem como a PEI – AGRI, foi priorizado nos Progra- mas de Desenvolvimento Rural (PDR), em matéria de inovação, o apoio à constituição e ação de Gru- pos Operacionais (GO). Estes grupos visam o reforço da cooperação entre as empresas, organizações do setor agroalimentar e florestal e entidades de I&D de forma a facilitar o desenvolvimento e disseminação de conhecimento
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