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O setor agroalimentar na economia portuguesa 97 Quadro 6 – O Investimento na atividade agrícola 2000 2005 2010 2011 2012 2013 2014P Taxa de crescimento médio anual (%) Taxa de variação (%) Taxa de variação (%) 2013-2014 2010-2014 FBCF (milhões de euros) P reços correntes 809 825 838 835 853 857 878 1,2 4,7 2,4 Preços constantes 2011 777 809 854 835 835 825 833 -0,6 -2,4 1,0 VABcf (milhões de euros) Preços correntes 3 237 3 367 3 314 2 806 2 952 3 228 3 152 -1,2 -4,9 -2,4 Preços constantes 2011 3 228 2 937 2 918 2 806 2 860 3 056 3 192 2,3 9,4 4,4 Esforço de investimento (%) Preços correntes 25,0 24,5 25,3 29,7 28,9 26,6 27,8 2,4 10,1 4,8 Economia Preços correntes 35 959 36 645 36 938 32 452 26 672 25 122 25 772 -8,6 -30,2 2,6 Preços constantes 2011 43 568 39 485 37 095 32 452 27 058 25 690 26 414 -8,1 -28,8 2,8 P - Dados provisórios Fonte: GPP, a partir de Contas Económicas da Agricultura (Base 2011) e Contas Nacionais, INE. Data de versão dos dados: Março de 2016 Nota Metodológica • Valorização do Produto Agrícola (= Valor acrescentado = Produção – Consumos intermédios) Preços correntes, preços constantes e índices de preços As variáveis que constituem o Valor Acrescentado podem ser medidas a preços correntes (ou em valor), isto é, aos pre- ços a que são transacionadas no mercado (ou, no caso de impostos e subsídios, ao valor a que são pagos). As variáveis a preços correntes representam assim a realidade de um determinado ano e são úteis, por exemplo, para comparações com variáveis igualmente a preços correntes (peso no PIB, estrutura sectorial da produção, importância dos subsídios na formação do rendimento, etc.). No entanto, nas comparações interanuais a utilização de preços corren- tes pode ser enganadora ou, pelo menos, incompleta. De facto, a variação do produto a preços correntes pode dever- -se a variações quantitativas da produção ou dos consumos intermédios mas igualmente à variação dos respetivos pre- ços. A evolução a preços correntes não permite distinguir as causas das variações. As variáveis apresentadas a preços constantes (ou em volume) de um determinado ano pretendem apresentar a evolu- ção quantitativa, isto é, expurgada do efeito da evolução dos preços. Há que ter presente, contudo, as seguintes limi- tações deste método: – as evoluções quantitativas são influenciadas pelos preços, pelo que os valores a preços constantes de anos diferentes também conduzem a variações diferentes (a escolha do ano não é neutra); – esta evolução quantitativa mede o valor gerado em volume mas não mede a evolução da capacidade de adquirir bens e serviços com esse valor gerado, que depende igualmente das evoluções dos preços agrícolas e as do resto da economia. O rácio entre as variáveis a preços correntes e a preços constantes permite medir o efeito devido à evolução dos pre- ços. Mas há que prestar atenção para que os preços implícitos no valor acrescentado (ou produto) não são diretamente observáveis como acontece com os preços dos bens produzidos e dos bens consumidos. A evolução dos preços implíci- tos no produto depende das evoluções de preços dos bens produzidos, das evoluções de preços dos bens consumidos para obter essa produção mas também da estrutura de geração de valor. Vejam-se os seguintes exemplos: Cenário 1 Cenário 2 Preço t Preço (t+1) Variação no preço (%) Preço t Preço (t+1) Variação no preço (%) Produção 100 101,0 1,0 100 101,0 1,0 Consumos intermédios 40 40,8 2,0 60 61,2 2,0 VAB 60 60,2 0,3 40 39,8 -0,5

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