Cultivar_5_Economia da agua

ALQUEVA – Impactos agrícolas, territoriais e ambientais 29 até às Albufeiras do Roxo, Odivelas e Vale do Gaio , já na bacia do Sado; • Subsistema Ardila : com tomada de água na Albufeira da Barragem do Pedrógão, para a rega de blocos que se situam na margem esquerda do Guadiana. • Subsistema Pedrógão : também com tomada de água na Albufeira da Barragem do Pedrógão, para a rega dos blocos no Baixo Alentejo, na mar- gem direita do Guadiana. Os subsistemas Alqueva e Pedrógão desenvolvem- -se para fora da Bacia do Guadiana, para a Bacia do Sado, onde se situam alguns dos novos regadios de Alqueva e outros, dos antigos, que eram indepen- dentes mas passam a receber, em reforço, água do grande lago. Os esquemas hidráulicos das redes primárias dos 3 subsistemas, cuja observação poderá facilitar a per- ceção de algumas afirmações que se seguem, são disponibilizados junto com a edição digital deste artigo. A origem de água primária, quer para rega, quer para produção hidroelétrica e outros fins, é a Bar- ragem de Alqueva, constituindo as restantes barra- gens e reservatórios a rede de origens secundárias, subsidiárias, não se contando com as capacidades de armazenamento direto dos escoamentos gera- dos nas bacias de apanhamento respetivas. Estes reservatórios funcionarão, aliás como foram conce- bidos, essencialmente como reguladores dos volu- mes de água recebidos da mãe de água e distribuí- dos para rega na proximidade. Se se comparar com as necessidades totais de rega estudadas acima e que constam do quadro XI, veri- fica-se que o volume útil armazenado em Alqueva (3 133 hm3), em ano hidrológico normal, é sufi- ciente para garantir a satisfação de todas as neces- Quadro XII – Rendimentos médios (kg ha -1 ano -1 ) das culturas de sequeiro, estimados para os 5 cenários climáticos definidos, em 30 anos dos dois períodos futuros na bacia do Guadiana: Variação (Range, kg ha -1 ano -1 ) e SD=desvio padrão (kg ha -1 ano -1 ) entre os outputs dos 5 CCS. CCS – 1 CCS – 2 CCS – 3 CCS – 4 CCS – 5 range SD Período 1 (2011-2040) Trigo de inverno 3029.6 2909.4 2925.5 2948.8 2973.1 120.2 47.0 Forragem de inverno (*) 5483.9 5336.1 5355.9 5384.6 5414.4 147.8 57.9 Girassol 747.1 719.0 717.0 720.6 724.5 30.1 12.3 Leguminosas de grão 3294.7 3270.4 3267.8 3308.2 3295.6 40.4 17.5 Pastagens 1053.7 1031.1 1031.9 1035.5 1030.8 22.9 9.7 Oliveiras 1684.1 1674.1 1641.7 1666.6 1627.4 56.7 23.5 Vinha 4818.1 4806.7 4794.4 4796.7 4789.8 28.3 11.3 Amendoeiras 661.1 615.4 619.2 633.2 635.1 45.7 18.0 Período 2 (2041-2070) Trigo de inverno 2917.8 2792.1 2784.5 2781.8 2718.1 199.6 72.8 Forragem de inverno (*) 5346.4 5191.8 5182.5 5179.1 5100.8 245.6 89.5 Girassol 707.3 679.9 657.6 654.1 648.2 59.1 24.3 Leguminosas de grão 3273.1 3218.0 3244.1 3288.2 3200.2 88.0 36.7 Pastagens 1022.8 988.9 979.8 985.1 965.5 57.3 21.2 Oliveiras 1616.7 1576.9 1527.8 1529.4 1495.5 121.2 47.6 Vinha 4741.5 4718.4 4625.6 4641.0 4634.0 115.9 53.7 Amendoeiras 606.0 552.5 547.4 550.4 519.0 87.0 31.5 (*) A biomassa da forragem de inverno foi estimada por relação com o rendimento em grão do trigo de inverno Fonte : Valverde et al . (2015 a)

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