Cultivar_7_O risco na atividade economica

Estratégias de gestão de risco de incêndio florestal: da gestão florestal ao seguro florestal 79 • Área florestal mínima de 25 ha; • Cobertura dos prejuízos causados às árvores em pé por cada um dos seguintes riscos: incêndio, queda de raio e explosão. O valor do prémio de seguro varia em função de um conjunto de variáveis: • Histórico de sinistralidade por Associação; • Opção de seguro (cobertura básica ou cobertura total); • Franquia (de 10% ou de 25%); • Dimensão da área florestal segurada (que pode gerar uma bonificação sobre o prémio); • Valor do capital segurado por hectare. O seguro prevê garantir os danos causados à flo- resta, tendo por base um capital a segurar que é acordado entre o tomador do seguro e a segura- dora. Este capital corresponde à área a segurar, multiplicada por um valor acordado por hectare que tem como limite mínimo 300 EUR/ha e limite máximo 1 500 EUR/ha. Esta opção possibilita que seja o produtor a definir o valor do capital seguro, um valor único para a exploração ou valores dife- renciados por unidades de gestão, em função do valor real de produção da sua floresta ou da sua capacidade financeira. Não obstante ter sido lançado no pico da crise económica financeira mundial de 2008-2009, o seu crescimento tem sido constante, sendo, contudo, o valor ainda residual. Conclusões Não só por estar previsto na Lei de Bases da Poli- tica Florestal desde 1996, mas sobretudo por ser um interessante mecanismo de partilha de risco que compensa o produtor florestal em caso de ocorrên- cia de sinistro, o seguro florestal deveria, a exemplo de outros seguros agrícolas, merecer uma politica de fomento inicial do Estado, crucial numa fase ini- cial de desenvolvimento e fundamental para o esta- belecimento de um mercado estável. Sem descurar a eventual necessidade de melhorar a recolha de dados e a sua análise, as metodolo- gias e tecnologias atualmente existentes possibili- tam, no curto prazo, a obtenção de dados estatísti- cos de qualidade para uma correta caracterização do risco. Num futuro próximo, os seguros florestais podem assumir um papel determinante como instrumento de fomento de políticas de gestão profissional e de gestão agrupada e, em particular, na supressão de eventuais constrangimentos nos apoios ao investi- mento florestal através da Politica Agrícola Comum, proporcionando meios financeiros que possibilitam a reposição do investimento em caso de sinistro e criando condições que permitem o acesso a linhas de crédito para investimento florestal, atualmente de muito difícil concretização face à “ imagem de altos riscos (reais e percebidos) de investimento e gestão que atualmente se associa ao setor florestal ” (Estratégia Nacional para as Florestas). Tabela 3: N.º de apólices e capital seguro do seguro florestal da CA Seguros (2009 – 2016) Ano Nº apólices Capital Seguro 2009 3 701.971,00 € 2010 4 794.175,00 € 2011 6 1.561.777,50 € 2012 12 1.790.215,28 € 2013 12 2.044.228,50 € 2014 10 3.371.592,90 € 2015 9 3.148.324,92 € 2016 14 3.329.782,20 €

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